sexta-feira, 29 de junho de 2007

Amigos


Fiquei com vontade de dedicar aos amigos várias coisas dessa semana que passou.
Estava com tanta vontade de "rever" vários amigos que até abri de novo a conta naquele "porcaria" do orkut.. rsrsrsrs. E até
ganhei um depoimento maravilhoso de uma amiga muito querida!!!!!!!

Tive notícias (não tão boas) de um amigo, que adoro muito e que mora muito longe. Pelo menos isso fez a gente ter contato novamente.

Vou ter a companhia de outra super amiga no fds aqui em Sanca.

Então dedico essa postagem aos meus amigos, de longe ou de perto!

E particularmente às amigas: Lu, Raq, Si, Aninha e as muchachas Lie e Carol!!!!


terça-feira, 19 de junho de 2007

Festa de Casamento

E toda festa de casamento começa do mesmo jeito: comportada, com música clássicas de um baile e toda finesse. Aqui vai uma ressalva: toda festa com exceção de algumas, do tipo da família "de Araujo".
Alguém ja viu uma festa começar com clips de flashback anos 80?

"I wanna know
What you're thinking
There are some things you can't hide
I wanna know
What you're feeling
Tell me what's on you mind."

E depois segue para o Pearl Jam.
Tudo isso misturado com cerveja, queijo, vinho, tekamaki e uísque.

"Não quero te chamar de minha prima, porque nessas horas é só minha amiga"
"O que eu vou fazer sem vocês lá em Santarém?"

Mais vinho. O garçom diz que acabou o vinho, então vai uísque mesmo, tipo caubói, no copo de vinho.
O noivo dança de peruca blackpower e óculos de plástico colorido.
Meu pai pede "Creedence, creedence, creedence" até mesmo depois da banda ter parado de tocar.
O namorado tenta levantar para irmos embora, mas a linha reta é uma coisa quase impossível.

"eu entendo o que você tá falando, mas eu não consigo falar"
"esse paletó é meu mesmo???"
"é, é seu, ta certo"
"fica acordado até a gente chegar em casa"
"eu to bemmmmmmmmmmm"

Depois disso, dormir, quer dizer, quase desmaiar.
E no domingo a unica coisa que resta: Ressaca.
Mas um casamento "de Araujo" é sempre dos melhores.

terça-feira, 12 de junho de 2007

12 de junho


E para não deixar passar em branco o lado "brega" do amor (porque todo amor tem seu "quê" de brega) neste dia, nada melhor do que uma letra de música. Ainda que não estou colocando aqui um soneto do Vinicius de Moraes.

Mas é bom amar alguém e ser amado. Mesmo que tudo isso seja cafona, brega... eu escolho isso para mim. Je t'aime!


Secret

Things haven't been the same
Since you came into my life
You found a way to touch my soul
And I'm never ever ever gonna let it go
Happiness lies in your own hand
It took me much too long to understand
How it could be
Until you shared your secret with me
Something's comin' over
Mmm-mmm, something's comin' over
Mmm-mmm, something's comin' over me
My baby's got a secret
You gave me back the paradise
That I thought I lost for good
You helped me find the reasons why
It took me by surprise that you understood
You knew all along
What I never wanted to say
Until I learned to love myself
I was never ever lovin' anybody else
Happiness lies in your own hand
It took me much too long to understand
How it could be
Until you shared your secret with me
My baby's got a secret
My baby's got a secret for me
(madonna)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Nádegas Redolentes

Ela era irresistível quando acordava. Tinha até um cheiro diferente, que desaparecia no resto do dia. Um cheiro morno. Cheiro de leite morno, era isso.
Com um inexplicável toque de baunilha. Mas ela acordava de mau humor.
Quente, cheirosa, apetitosa e emburrada. Nem deixava ele beijá-la na boca.
"Eu ainda não escovei os dentes!" E se ele tentasse beijar o seu umbigo (nozmoscada, possivelmente canela), ela lhe dava um chute.
Não eram só os cheiros. Ela acordava fisicamente diferente. A cara maravilhosamente inchada, a boca intumescida, como a de certas meninas do Renoir. No resto do dia ia alongando-se, modiglianizando-se, mas de manhã era uma camponesa compacta, com fantásticas olheiras roxas. Ele não sabia explicar. Ela era uma mulher delgada, de pernas compridas, mas de manhã tinha
as pernas grossas. E ou ele muito se enganava ou até a bunda ela perdia, de dia. A bunda. As nádegas redolentes. "Mmmmm... Ervas aromáticas. Um quê de sândalo..."
— Pá-ra.
De noite, ela insistia e o emburrado era ele. Ela tomava banho, botava uma camisola transparente e deitava ao lado dele, toda certinha, penteado perfeito. Ele não podia dizer que gostava mesmo era quando ela acordava com a camisola toda torta, com uma alça enroscada nas pernas, nas doces pernocas matinais. Ele ficava lendo, ela ficava esperando. Cheirando a sabonete e esperando. Tentava começar uma brincadeira, cutucando-o com o pé.
Cantarolava no seu ouvido — "Ele já não gosta mais de mim, que pena, que pena..." Ele continuava lendo até que ela desistisse e dormisse. Ele não queria nada com aquela pessoa que virava as pestanas antes de ir para a cama. Queria era a camponesa da manha. Sonhava com a sua camponesa irritada.
A tese dela era que, antes de escovar os dentes e tomar café, uma pessoa não é uma pessoa, é uma coisa. Pode evoluir para uma pessoa se fizer um esforço, mas é um processo lento e difícil que requer concentração, e exclui qualquer forma de digressão, ainda mais sexual. Comparava o sono a um acidente ao qual a gente sobrevive, mas leva meio dia para se recuperar.
E o desejo dele de possuí-la antes de escovar os dentes a uma tara indefensável, quase a uma forma de necrofilia.
"Sai, sai!" E levantava-se, tentando encontrar as pontas da camisola, puxando uma alça do meio das pernas com fúria.
Quando chegava à porta do banheiro, já era uma mulher comprida. E ele ficava cheirando o travesseiro ainda quente. Mmmm. Baunilha, decididamente baunilha.
Uma noite, ela disse:
— Eu acho que você tem outra. Acho que você está pensando nela neste momento. Fingindo que lê e pensando nela. Diz que não!
Ele não disse que não. Estava pensando nela, de manhã. A sua outra, a sua inatingível outra, a das pernocas, a da baunilha. Mas ela não precisava se preocupar, pensou. Nunca seria enganada. A outra não queria nada com ele.
— Apaga a luz, apaga.
Ele suspirou, fechou o livro, apagou a luz. Enquanto faziam amor, ele tentava imaginar que ela era a outra. Mas o cheiro de sabonete atrapalhava.
(Sexo na Cabeça - Luís Fernado Veríssimo)

Comentário

Agora resolvi que vou colocar aqui no blog alguns textos interessantes (e geralmente cômicos) que recebo, como esse aí da Tortura.
Mas ainda vou continuar colocando as situações inusitadas que acontecem nesse vida de Pós-Graduanda.
Ah... e por falar nisso vale alguns comentários interessantes que ouvi "por aí" (leia-se "entre amigas"):
- eu achava que a cigarra cantava até estourar.
- descobri que a uva-passa é uma uva. Antes eu achava que ela era prima da ameixa.
- pode deixar, vamos te dar uma batedeira de presente de defesa!

(comentários feitos após um pouco de vinho em uma pizzaria)

P.S.: apesar de minimizar o frio, o vinho causa uma sessão de besteirol agudo.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Tortura

Esse texto vale a pena para todas as mulheres. Recebi por email. Segue:
"Tenta sim. Vai ficar lindo.
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca.Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem,só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo."Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:- Tudo bem, Pê?- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? O que seria baixar a calcinha? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.
Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada."

(des)organização

Hoje é sexta... vamos ver o que tenho para fazer. Tento fazer uma lista. Mas minhas idéias andam teimando em me desobedecer. Cada vez que tento colocá-las em ordem, elas teimam em se misturar de novo. Aí fica mais ou menos assim:
- tenho que arrumar a bolsa para ir para RC no fds.
- putz, não terminei de corrigir o texto que tenho que mandar.
- ah, aquele outro congresso que apareceu... será que é importante?
- ih, esqueci de responder aquele email... depois eu faço isso.
- hum, qual será mesmo o horário da sessão daquele filme?
- ai caramba, preciso terminar a análise daquelas figuras.
- to cansada...

E o dia acaba.