quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Esperança industrializada

O meio do mês de dezembro se aproxima. Automaticamente algumas palavras de Drummond aparecem na minha mente:

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí, entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número, e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente." (Carlos Drummond de Andrade)

E com toda essa esperança industrializada, parece que as pessoas não se preocupam com os detalhes que realmente tem importância. Apesar do final do ano, a gentileza que costumava brotar no coração das pessoas (pelo menos nesta época) ainda está adormecida. E será que ela vai acordar?
As luzes que enfeitam as casas já não aparecem tanto. A cidade e seus bairros residenciais continuam os mesmos de sempre, na rotina habitual, sem alegria e com a pressa de todos os dias. Parece que as pessoas não tem mais ânimo nem para decorar sua casa e chamar a alegria da época. As crianças vão às lojas escolher seus presentes e todo o encanto do Natal fica no caixa da grande loja.
Por toda essa situação, meus olhos se enchem de lágrimas quando veem algo, mesmo que seja muito sutil, como um simples Papai Noel na rua, fora dos shoppings centers, distribuindo seu carinho, tentando salvar a última lembrança do verdadeiro Natal.
Quero assim, deixar registrada minha vontade: "Quero de volta a esperança do Natal, a gentileza, mais luzes no corações. Quero a esperança IN NATURA, sem estar embrulhada em uma caixa cara, com um laço bonito."

Deixe você também seu Desejo de Natal registrado! Vamos recuperar nossa essência.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Campanha "Doe um livro no Natal"




Este post é para divulgar uma campanha muito legal - "Doe um livro neste Natal". Fiquei sabendo dela por meio de um dos meus alunos da faculdade, que está ajudando a divulgar também (www.comercioararaquara.com.br). Então vamos embarcar nessa.
Se você tem um livro na sua casa, esquecido em algum canto, que já está servindo de peso de papel ou acumulando poeira: Doe! Vamos ajudar a melhorar a educação no Brasil!
Doe para alguma biblioteca municipal ou escola pública da sua cidade. Não é um sacrifício tão grande levar um livro até a biblioteca ou escola mais próxima. Vamos ajudar!

Esta campanha tem como Idealizador e colaboradores:

Autor do Projeto: Heber Dias de Sousa – Contagem MG

Coordenadora: Laura Furquim Xavier – Belo Horizonte – MG

Divulgação: Dr. José Luis Goldfarb (curador do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro desde 1991 e coordenador de diversos projetos de incentivo à leitura no Brasil) – São Paulo – SP

Aos interessados pela campanha, outras informações podem ser encontradas no seguinte endereço:

BLOG

http://doeumlivrononatal.blogspot.com/

(a figura deste post foi feita por um aluno meu também. Linda, né?)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quem sou eu?

Agora de manhã consegui tirar 5 minutos para mim e fiz visitinhas a alguns blogs dos queridos colegas. Eu já estava com a idéia de escrever um post sobre o assunto e quando li o ultimo post da Mari (http://sopadeletrinhas-sopa.blogspot.com/) foi o último empurrãozinho para isso.

E a pergunta veio do orkut mesmo: Quem sou eu? A resposta é: depende. Depende em que qual situação e qual minha posição naquele momento.
Normalmente somos vários ao decorrer de um único dia. E são muitos os "nomes" que recebo também.
Eu acordo sendo a "minha linda" do meu marido. Assim que chego ao laboratório onde faço minhas pesquisas, eu sou a Camila para a maioria do pessoal (e aqui existem algumas variações no sotaque, que vai desde um "Camila" com sotaque mineiro, até um "Cãmila"), mas também sou a "Cá" para alguns amigos e "Mi" para nossa secretária. Quando estou trabalhando eu sou a "chefa", como dizem alguns alunos, bem como a "coordenadora". "Professora" é também um dos meus papéis. "Camilinha" para outros amigos (apesar dos meus mais de 1,70 de altura). "Classuda" então é uma das últimas classificações que recebi de uma amiga (que agora deu pra me chamar assim). Já fui a "Bocão" na adolescência e num passado mais distante eu era a "Camilim" para minha bisavó.
E nessa mudança constante ao longo do tempo, a verdadeira Camila vai sendo formada, moldada, trabalhada, tentando assim melhorar sempre.