sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Precisamos reencontrar o poder feminino

Acabei de ler o texto. Achei muito interessante e resolvi colocar uma parte dele aqui.

Precisamos reencontrar o poder feminino
Por Eunice Ferrari

"Vivemos um momento que, apesar de muito rico, é dolorosamente sentido através de muitos desencontros. O maior e mais difícil deles é o desencontro entre masculino e feminino.
...
Parece que nos perdemos em meio à confusão e supremacia de um masculino destrutivo e ameaçador. Precisamos entender que, resgatar o poder do feminino não é se apropriar do poder destrutivo que conhecemos, do poder do masculino dentro de nós. Não é também obter a supremacia e nos apropriarmos de algo que não nos pertence. Masculino e feminino possuem cada um o seu próprio poder.
Enquanto acreditarmos que o poder feminino é idêntico ao masculino, continuaremos no desequilíbrio. Nesse momento nos perdemos, quando acreditamos que resgatar nosso poder era lidar com a vida da mesma maneira que vimos acontecer através dos tempos. Quando aceitamos e praticamos a mesma forma de poder, nos despimos do maior deles, o poder selvagem que brota muito mais da união de nossa intuição e conhecimento, que necessariamente se transforma em sabedoria, do que da razão e capacidade produtiva. Essa é mais uma forma destrutiva de nos relacionarmos com o poder.
...
Não falo de uma feminilidade fabricada pela moda ou pela mídia, mas de uma feminilidade que é iminente a todas mulheres e que se perdeu na busca de nossa independência. Uma feminilidade isenta de forma e conteúdo, que existe em nossas vísceras.O feminismo foi um movimento necessário, mas hoje o que percebemos é que devemos dar mais um passo à frente. Conseguimos muito através desse movimento, mas se continuarmos somente no que conquistamos não conseguiremos a felicidade e o equilíbrio que pretendemos e mais do que isso, merecemos.
...
Há que se começar a pensar em uma nova forma de manifestar nosso feminino, um feminino que nos faça retornar às nossas vísceras, às nossas raízes ancestrais. Enquanto estivermos apenas na intelectualidade, não conseguiremos reaver nosso verdadeiro poder. É claro que são muitas as mulheres que estão manifestando esse poder, no entanto, grande parte ainda está presa em algum lugar que não consegue definir claramente qual é, e não consegue sair. Há uma urgência evidente no trabalho desse despertar, pois somente quando ele acontecer poderemos todos, homens e mulheres, encontrar o equilíbrio que buscamos diariamente."
(Fonte:
http://esoterico.terra.com.br/vidainterior/interna/0,,OI1942012-EI5928,00.html. Acesso em 28/09/2007)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ou isto ou aquilo

E no meio da confusão de todos os dias, sempre alguma escolha tem que ser feita.
E qual será a melhor? Ou isto ou aquilo?
Cecília Meireles consegue desenhar a situação em seu poema.

"Ou se tem chuva e não se tem sol

ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .

e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda

qual é melhor: se é isto ou aquilo."
(Cecília Meireles)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Desabafo de uma mulher independente

Este texto, que desconheço o autor, expressa o que uma mulher independente sente, pelo menos, uma vez na vida! Não que eu queira ser submissa a um "dono da casa", mas não quero ser uma "super mulher" o tempo todo.
"São 7 horas. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou tão acabada, não queria ter que trabalhar hoje.
Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até!
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem.
Espaço? Fazendo alongamento.
Leite condensado? Brigadeiro.
Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos da mulher e por que ela fez isso conosco, que nascemos depois dela.
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, freqüentando saraus. A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária…
Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre “vamos conquistar o nosso espaço”.
QUE ESPAÇO, MINHA FILHA!!?? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos, que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz!
Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim!
E, pior, nos largando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre.
Por que, me digam por que, um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso… Estava na cara que isso não ia dar certo.
Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas.
Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especialidades. Viramos “super-mulheres”, mas continuamos a ganhar menos do que eles…
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?
CHEGA!!! Eu quero alguém que abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela…
Ai, meu Deus, são 7h30, tenho que levantar! E tem mais… que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: “meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?”, pois eu descobri que é muito melhor servir. Ou pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério!
Estou abdicando do meu posto de mulher moderna… Troco pelo de Amélia. Alguém mais se habilita? Antes eu sonhava, agora nem durmo mais…"
(desconheço autor)

Tango

(Artist: Pedro Alvarez)


De repente alguma coisa muda. Parece que o ar fica mais leve. E algo que não era tão interessante passa a ter cor. Sutileza de um olhar.
Roupas novas. Uma saída no meio da tarde para um programa bem feminino: cabeleiro, manicure, etc.
Uma vitrine de um novo mundo. Música, ritmo, dança. Um tango.
E se mesmo quem inspirou tudo isso não ouvir a música, não tem importância.
Agora tudo está melhor. E que venha a próxima música.
(Texto inspirado no comportamento de uma amiga)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Physical


Ainda nem é primavera, mas o calor que está lá fora parece mais é de verão.
E verão lembra piscina, praia, biquini e... gorduras localizadas (sem contar a flacidez e a famosa celulite)!

A mesma história de sempre: a ditadura feminina pela beleza, pelo corpo magérrimo e sarado. E nessa hora você quer fazer tudo para seguir esse padrão. Jura que vai voltar a nadar, caminhar, fazer drenagem, comer mais saladinha...

Vamos ao processo "Adeus Pelanquinha". Quero ver quanto tempo ainda dura essa empolgação.


"Let's get physical, physical
I wanna get physical
Let's get into physical
Let me hear your body talk, your body talk
Let me hear your body talk"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Colegial

Cenário: as 3 muchachas e 1 agregado. Todos sentados à mesa. A TV estava ligada, passando a novela das 6, em uma cena onde um rapaz dividia um milk-shake com uma garota.

- Era tão legal quando os sorvetes eram servidos assim em taças.
- Verdade, parecia mais elegante.
- Quando eu era pequena sempre tomava lá em Ituiutaba. Tinha aquela taça maior de Sundae, Banana Split e aquela outra taça menor...
- Colegial.
- Não, eu tinha uns 7 anos... meu irmão mais velho pedia Banana Split e eu e meu irmão mais novo pedíamos essa taça menor.
- Colegial.
- NÃO, eu era bem mais nova que isso...
RISOS, RISOS, RISOS da parte de duas muchachas.Caras desconcertadas de uma muchacha e do agregado, que olhava sem entender nada.

- Colegial é o nome do sorvete!!! não tem nada a ver com o tempo que você tomava esse sorvete.
- Ah é? É que acho que em Ituiutaba não tinha nada desse nome não.