terça-feira, 30 de setembro de 2008

Tardes

Essas tardes cinzas são lentas, mornas e vem acompanhadas de um misto de saudade, tristeza e preguiça.
E tudo anda devagar, como no poema de Carlos Drummond de Andrade, onde as janelas se olham.




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Tarde cinza 

Antigamente, as tardes cinzas eram plúmbeas. 
Hoje são apenas indisfarçavelmente cinzas 
e nelas pássaros não passeiam. 
Trafegam, sim, nuvens, cujo destino 
o vento insiste em manter imprevisível. 
Parece que vai chover e, como nunca trago o guarda-chuva, 
tenho a esperar que passe o aguaceiro ou que nele eu me misture, 
suor de fora juntando-se ao transpirar de dentro. 
Num ritmo que meu encanto por você me dita 
deixo as gotas se juntarem em minhas mãos em concha 
e tenho do que beber. 

(Por:: José Eduardo Mendonça em Usina de Letras - www.usinadeletras.com.br)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Desse jeito mesmo

Ainda choro as vezes, tenho momentos fúteis, adoro brincar lá fora, na chuva. E quero aproveitar até o dia terminar.

Ainda assim, me sinto mulher. Mulher como nunca me senti antes. Senhora de si,  das minhas vontades. Caminhando com certeza, sabendo onde quero chegar.

Respeito a opinião alheia, mas tenho a minha. Tenho a minha beleza própria, sem precisar seguir modelos prontos. Escolho como vai ser o meu dia. Compartilho momentos maravilhosos com outras pessoas, mas não dependo delas para ser feliz.

E misturando um pouco de tudo, talvez como as chamadas feiticeiras faziam (porque eu acho que elas não eram nada mais do que mulheres que faziam tudo aquilo que queriam), eu faço a minha vida, cheia de alegrias e algumas tristezas, trocando experiências com aqueles que passam no mesmo caminho.

A prova (depois do acontecimento)

Todos os itens e subitens que estavam presentes na folha de questões ficaram junto com o dia de ontem, em algum canto da memória. Talvez em algum lugar escondido, porque não gostamos de lembrar aquilo que incomoda.
E nada como um bom vinho tinto para ajudar a deixar as perguntas insistentes quietas, dormindo lá no fundo, sem perigo de serem despertadas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A prova (antes do acontecimento)


Apesar de toda a conversa sobre educação e novas formas de avaliação que rola dentro de uma grande universidade, o velho modelo de avaliação escrita ainda persiste (a bendita "prova").

E cá estamos, alunos de doutorado e mestrado, tendo que estudar como alunos do colégio, decorando frases feitas e tópicos de um texto.

Enquanto estudo, em meio a artigos sobre novas formas computacionais de interação, fico pensando: "Será que, um dia, a avaliação qualitativa irá aparecer realmente? Será que os novos mestres e doutores (que odeiam as provas de hoje), quando estiverem em uma sala de aula não mais como alunos, irão adotar uma forma diferente?"

Definitivamente, eu não sei mais fazer uma prova...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Poeminha

Irmãs (poeminha em construção)

Era uma vez duas irmãs.
“Mas e se” e “será que se”
A elas, tinha apego
Conheci-as desde cedo

“E se” não fazia nada
Ficava pensando sempre
Em como o mundo seria
Se o que estava sendo
Fosse diferente

“Será que se” só chorava.
Era muito arrependida
Imaginava com as coisas teriam sido
Se ela tivesse outra vida

Ficavam as duas em casa,
trancadas no próprio quarto
E morreram de velhice
Na companhia de um rato

:: Escrito por Jô Hallack às 19h14
:: Blog 02Neuronio (http://02neuronio.blog.uol.com.br/)

e isso é motivo mais que suficiente pra qualquer um ficar longe dessas duas irmãs. =)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um pouco de tudo

E tudo na minha cabeça está como se fosse um caldeirão... tudo misturado... ora sinto o gosto de coisas específicas... ora sinto o gosto de tudo ao mesmo tempo.

Disciplinas do doutorado, tapetes novos para a cozinha, Paris é linda, apresentação do congresso, o tempo em Bangor, imigração na Inglaterra, um ferro a vapor, compras para comemoração, fotos e mais fotos, Computação Ubiqua, novo notebook, backup de arquivos, almoço de domingo, lembracinhas do pessoal, St James Park em Londres, mais um vôo, ver o Dani e a Carol em Eindhoven, batatas demais na Europa, proposta do novo projeto, aulas de IHC, Araraquara, orçamento do novo projeto, Jardins de Luxemburgo, minha cama, artigo para revista internacional, TPM e mais alguma coisa perdida em algum canto da vida.