Engravidei quando estava na reta final do doutorado. Já tinha isso (mais ou menos) programado. Queria terminar o doutorado, ter meu primeiro(a) filho(a) e tirar um período sabático para a maternidade.
E tudo foi (quase) assim. Acabei engravidando de gêmeos (um casal... pelo que ouço, é o sonho de quase toda mulher que quer ser mãe). Gravidez tranquila (saúde física) e o mais tranquila que poderia ser no fator psicológica para um doutoranda na reta final.
O doutorado eu finalizei em agosto/2012 e naquele momento eu achava que era a coisa mais difícil que tinha feito na vida. Mal sabia o que ainda viria pela frente.
A maternidade me transformou em tudo. Foi uma daquelas fases de crescimento intenso. Eu morri e renasci. E digo que nada foi simples desde o nascimento deles.
Em novembro/2012, meus pequenos chegaram do lado de cá, em uma cesárea de emergência nas 34 semanas de gestação, devido a restrição de crescimento intrauterina do meu menino.
Nada foi como eu queria. Eu, que estava decidida a ter um parto mais humanizado que eu conseguisse na região que eu morava, enfrentei uma cesárea, nada humanizada, com medo de nem ver meu menino, que poderia ser levado às pressas para a UTI Neonatal. Claro que ouvir o choro dos dois foi o mais emocionante.
Mas meu primeiro choro como mãe foi ainda na sala de recuperação (onde fiquei algum tempo completamente sozinha, até me recuperar da anestesia) e foi por vários motivos, todos misturados em apenas alguns segundos: ao ouvir da pediatra que meu filho não ia precisar da UTI (aqui alegria), que eles estavam bem no berçário e já tinha tomado um 'mamazinho' (aqui de uma tristeza profunda, porque eu queria que a primeira coisa que eles tivessem fosse o meu peito... e esse 'mamazinho' teve consequências sérias na vida deles) e, por fim, que minha menina iria precisar de uma atenção especial, porque ela tinha fissura de palato. Nesse momento um buraco se abriu, eu cai por alguns milésimos de segundos e voltei a mim, já tentando resolver o problema, dizendo para a pediatra que ela seria tratada no Centrinho de Bauru (hospital de referência para esses casos).
Depois disso foram muitas outras batalhas e muitos outros choros da nova mãe: 1 mês de internação com eles no quarto, minha menina com sonda nasogástrica, meu menino pequenino que não ganhava peso, Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV) dos dois (desencadeado pelo 'mamazinho' na maternidade)... tudo isso somado aos problemas "habituais" de uma mãe gemelar de primeira viagem.
Depois de um início de maternidade bem conturbado (e o primeiro ano das crianças que parece ter durado três), hoje eu consigo olhar, ver esse período como sabático e quantas mudanças ele me trouxe.
A partir disso acho que sou outra pessoa... pelo menos um pouquinho melhor do que antes.
E tudo foi (quase) assim. Acabei engravidando de gêmeos (um casal... pelo que ouço, é o sonho de quase toda mulher que quer ser mãe). Gravidez tranquila (saúde física) e o mais tranquila que poderia ser no fator psicológica para um doutoranda na reta final.
O doutorado eu finalizei em agosto/2012 e naquele momento eu achava que era a coisa mais difícil que tinha feito na vida. Mal sabia o que ainda viria pela frente.
A maternidade me transformou em tudo. Foi uma daquelas fases de crescimento intenso. Eu morri e renasci. E digo que nada foi simples desde o nascimento deles.
Em novembro/2012, meus pequenos chegaram do lado de cá, em uma cesárea de emergência nas 34 semanas de gestação, devido a restrição de crescimento intrauterina do meu menino.
Nada foi como eu queria. Eu, que estava decidida a ter um parto mais humanizado que eu conseguisse na região que eu morava, enfrentei uma cesárea, nada humanizada, com medo de nem ver meu menino, que poderia ser levado às pressas para a UTI Neonatal. Claro que ouvir o choro dos dois foi o mais emocionante.
Mas meu primeiro choro como mãe foi ainda na sala de recuperação (onde fiquei algum tempo completamente sozinha, até me recuperar da anestesia) e foi por vários motivos, todos misturados em apenas alguns segundos: ao ouvir da pediatra que meu filho não ia precisar da UTI (aqui alegria), que eles estavam bem no berçário e já tinha tomado um 'mamazinho' (aqui de uma tristeza profunda, porque eu queria que a primeira coisa que eles tivessem fosse o meu peito... e esse 'mamazinho' teve consequências sérias na vida deles) e, por fim, que minha menina iria precisar de uma atenção especial, porque ela tinha fissura de palato. Nesse momento um buraco se abriu, eu cai por alguns milésimos de segundos e voltei a mim, já tentando resolver o problema, dizendo para a pediatra que ela seria tratada no Centrinho de Bauru (hospital de referência para esses casos).
Depois disso foram muitas outras batalhas e muitos outros choros da nova mãe: 1 mês de internação com eles no quarto, minha menina com sonda nasogástrica, meu menino pequenino que não ganhava peso, Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV) dos dois (desencadeado pelo 'mamazinho' na maternidade)... tudo isso somado aos problemas "habituais" de uma mãe gemelar de primeira viagem.
Depois de um início de maternidade bem conturbado (e o primeiro ano das crianças que parece ter durado três), hoje eu consigo olhar, ver esse período como sabático e quantas mudanças ele me trouxe.
A partir disso acho que sou outra pessoa... pelo menos um pouquinho melhor do que antes.
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