terça-feira, 27 de novembro de 2007

O rímel


Ela só queria comprar um rímel novo, para completar a maquiagem pro final do ano, mas nunca imaginou que isso fosse algo tão complexo. Na pagina da revista de produtos de beleza um série de máscaras para cílios à sua disposição:

1) Mascara alongadora de cílios,
2) Máscara de cílios com 5x mais volume,

3) Máscara curvadora de cílios e
4) Máscara à prova d'água.

Qual das opções escolher? Ela só queria fazer uma maquiagem e ficar mais bonita!
Não era mais fácil escolher um rímel antigamente?
Sabe-se lá qual deles faria o efeito desejado...

E se ficasse com cilios longos, mas sem volume?
E cilios volumosos sem curvatura?
E se chorasse?

Oras... e não se pode ter um rímel que alongue, curve, dê volume e seja a prova d'água?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Matemática às avessas

3 muchachas, 2 agregadas, 2 garrafas de vinho vazias e 1 pedaço de pizza sobrando.

- de quem é esse pedaço?
- não sei, eu já comi 3 pedaços.

- eu também.
- também comi 3.
- todo mundo já comeu 3.
- eu só comi 2.
- então é seu, ué!
- não, não quero mais...
- eu e ela comemos 3 e meio na verdade...
- perai, tem coisa errada nessa conta. Ta faltando alguma coisa.
- é... 3 x 5 = 25!
- quê?
- acho que 3 x 5 ainda é 15.
- perai... vamos contar de novo... 7 delas, 3 meu, 3 seu... 13... mais 2 dela... 12!
- afffe... 13 + 2 = 12. Melhor a gente parar de fazer conta.
- e isso porque são todas pós-graduandas em engenharia.

Acho que depois disso a matemática não é mais a mesma.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Salão de Beleza

E depois de um show muito bom do Zeca Baleiro fiquei pensando na tal história do Salão de Beleza, porque "mundo velho e decadente mundo ainda não aprendeu a admirar a beleza"


"se ela se penteia eu não sei
se ela usa maquilagem eu não sei
se aquela mulher é vaidosa eu não sei
eu não sei eu não sei vem

você me dizer que vai a um salão de beleza
fazer permanente massagem rinsagem
reflexo e outras cositas más
baby você não precisa de um salão de beleza
há menos beleza num salão de beleza
a sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão
mundo velho e decadente mundo
ainda não aprendeu a admirar a beleza
a verdadeira beleza a beleza que põe mesa
e que deita na cama a beleza de quem come
a beleza de quem ama a beleza do erro do engano da imperfeição

belle belle como linda evangelista
linda linda como isabelle adjani"
(Zeca Baleiro)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Saudade

E de repente deu uma saudade danada do meu amor. Ô saudade, boa e ruim, ao mesmo tempo.
"Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua!
Dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista, como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o MC Donald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...

É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora, depois que acabou de ler..."
(texto atribuido a Miguel Falabella)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Pela volta do Cafuné

Este texto é do blog do Xico Sá (O Carapuceiro). Amei e estou republicando aqui.

"Dos dengos femininos, ou historicamente femininos, o que mais nos faz falta, é o cafuné.
Nos dias avexados de hoje, não há mais tempo nem devoção para os delicados estalinhos no cocoruto do mancebo. Pela volta imediata do mais nobre dos gestos de carinho e delicadeza. Nem que seja pago, como o sexo das belas raparigas dos lupanares, mas que devolvam vossas mãos às nossas cabeças.
Pela criação imediata da Casa de Cafunés Gilberto Freyre, como me propõe, em sociedade, a amiga Maria Eduarda Risoflora Belém. Ótima idéia a ser espalhada por todo o país. Milhares de casas, guichês, varandas, redes debaixo de coqueiros, sofás na rua... Tudo a serviço dos breves e deliciosos estalinhos dos dedos das moças.
Gilberto Freyre era um entusiasta do cafuné e a ele dedicou páginas e páginas. GF, aliás, escrevia como quem dá cafuné, prosa mole, ritmo dos mais sensoriais. Como também assenta palavras outro Freire, sem o estilingue do Y, o Marcelino de “Contos Negreiros”.
Que machos & fêmeas sejam treinados, em um programa social de emergência, para reaprenderem o hábito do cafuné.
Melhor: que seja feita uma campanha de saúde pública. Ah, quantas doenças de fundo nervoso seriam evitadas, quantos barracos de casais seriam esquecidos, quantos juízos agoniados seriam libertos.
Sem se falar no erotismo que desperta o dengo, como anotou outro sociólogo, o francês Roger Bastide, no seu belo ensaio “Psicanálise do Cafuné”. Pura libido.
Delícia de se sentir; beleza de se ver. O cafuné de uma mulher em outra, ave palavra!, puro cinema, para além muito além do lesbian chic.
Como era comum, na leseira de fim de tarde, nos quintais e nas calçadas.
Ao luar, então, sertões e agrestes adentro, era puro filme de Kurosawa. O resto era silêncio.
Ai que preguiça boa danada, ai que arrepio no cangote, quero de volta meus cafunés.
Viver de brisa, como na receita de Bandeira, numa rede na rua da Aurora, varanda d´Áfricas.
Como pode uma criatura, como esses rapazes de hoje, passarem pela vida sem provar do êxtase de um cafuné?
Pela obrigatoriedade do cafuné nos recreios escolares, nas missas, nos cultos, nos intervalos dos jogos de qualquer esporte.
Não é possível que se condene toda uma geração a viver sem cafuné. Eis uma questão de segurança nacional. Tão importante como aprender a assinar o próprio nome. O cafuné, aliás, é a assinatura em linda e barroca caligrafia de mulher."

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Novos rumos

"Os tempos (já passados) de tristeza e de reconstrução agora ficam sepultados, sem direito a segunda chance. Um novo caminho começa bem na minha frente e ele não deve ser percorrido só.
Vou ter companhia e fazer companhia para alguém. Vou dormir em seus braços e oferecer meu colo.
Em breve.... em breve... Uma nova casa, uma nova vida, um novo caminho, cheio das flores dos tempos quentes."

.......

E entre amigas:
- Aconteceu uma coisa importante durante o final de semana.
- Conta logo... e ai..
- Me pediram uma coisa...
- ...? Pra casar com você!
- hahahahahahaha, eu tinha certeza
- Mas não é casamento oficial não... só pra morar junto mesmo.
- E qual a diferença??? Casa logo.
- Não, ainda não... calma aê...
- Que nada... fala logo quando vai ser e que horário que já vamos arrumando os vestidos.
- Eu quero um casamento logo, pra gente já usar esses vestidos de festa que estão aqui.
- E no baile a fantasia você vai de noiva. Tem até o véu aqui em casa.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ode a quem?

O horário marcado para a visita do Excelentíssimo Senhor Ministro da Ciência e Tecnologia era entre 11h e 12h. E desde as 8h só se ouvia em nossa sala: “ainda tem mais cartazes para imprimir... cortar... colar... pendurar”. Um ritmo frenético de todos.

Depois de tudo arrumado, era hora de conferir roupa, cabelo, maquiagem. Tudo certo.

As 12h chega a notícia de que ele estava um pouco atrasado. Todos cansados, com fome e ainda assim esperando. Lá embaixo, a mesa posta, os copos e xícaras todos alinhados. O pessoal do laboratório ao lado esperando também. A fita azul na porta aguardando o ato solene.

13h... nada... algum tempo depois finalmente aparece a comitiva oficial. Acontece o ato solene. A fita do novo prédio é cortada. Era o que todos esperavam.

10 minutos após o ocorrido, toda a comitiva some como se fosse um passe de mágica. Todo o esforço, todos os cartazes e organização... tudo por nada... nem uma entradinha em nossa sala... a visita restringiu-se ao hall onde estava o coffee-break.

Depois que todos se foram fica a sensação vazia dos nossos estranhos valores. Para que tudo isso? Por que alguns são considerados tão importantes? Que grande diferença isso fez na minha vida ou na vida dos outros pesquisadores daqui?

A verdadeira ciência e tecnologia sai daqui, das universidades, dos laboratórios, dos centros de Pesquisa & Desenvolvimento, cheios de pessoas “comuns”, que não são esperadas todos os dias por uma comitiva empolada, nem por vários flashes de câmeras digitais.

Então eu dedico este texto a todas as pessoas comuns! Um “Viva” para nós!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Times like these

Hoje é um desses tempos. É assim que me sinto. "I’m a new day rising"

"I, I’m a one way motorway,
I’m a road that drives away, then follows you back home.
I, I’m a street light shining,
I’m a white light blinding bright, burning off alone.

It’s times like these you learn to live again,
It’s times like these you give and give again.
It’s times like these you learn to love again,
It’s times like these time and time again.

I, I’m a new day rising,
I'm a brand new sky that hang the stars upon tonight.
I, I’m a little divided,
Do I stay or run away and leave it all behind"
(Música Foo Fighters)

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Visão além do alcance

Na manhã de domingo ele lê o caderno de esportes no sofá. Ela vem falando ao telefone, usando um vestido curto feito de chita e os cabelos presos de um jeito displicente. Passa por ele e vai direto para a sacada.

Só então ele levanta seus olhos e observa. O tecido fino do vestido na luz do sol mostra detalhes de um corpo. As pernas alongadas já são conhecidas, mas seu contorno parece diferente assim.

Ele lembra personagens de desenho e diz que agora possui uma “visão além do alcance”. Ela desliga o telefone e pergunta o que ele disse. A resposta vem: “agora me sinto como o SuperMan, com a visão de raio-X”. Ela ri e diz que só algo assim é mais interessante do que o caderno de esportes de domingo e sai da sacada, acabando com a cena.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Precisamos reencontrar o poder feminino

Acabei de ler o texto. Achei muito interessante e resolvi colocar uma parte dele aqui.

Precisamos reencontrar o poder feminino
Por Eunice Ferrari

"Vivemos um momento que, apesar de muito rico, é dolorosamente sentido através de muitos desencontros. O maior e mais difícil deles é o desencontro entre masculino e feminino.
...
Parece que nos perdemos em meio à confusão e supremacia de um masculino destrutivo e ameaçador. Precisamos entender que, resgatar o poder do feminino não é se apropriar do poder destrutivo que conhecemos, do poder do masculino dentro de nós. Não é também obter a supremacia e nos apropriarmos de algo que não nos pertence. Masculino e feminino possuem cada um o seu próprio poder.
Enquanto acreditarmos que o poder feminino é idêntico ao masculino, continuaremos no desequilíbrio. Nesse momento nos perdemos, quando acreditamos que resgatar nosso poder era lidar com a vida da mesma maneira que vimos acontecer através dos tempos. Quando aceitamos e praticamos a mesma forma de poder, nos despimos do maior deles, o poder selvagem que brota muito mais da união de nossa intuição e conhecimento, que necessariamente se transforma em sabedoria, do que da razão e capacidade produtiva. Essa é mais uma forma destrutiva de nos relacionarmos com o poder.
...
Não falo de uma feminilidade fabricada pela moda ou pela mídia, mas de uma feminilidade que é iminente a todas mulheres e que se perdeu na busca de nossa independência. Uma feminilidade isenta de forma e conteúdo, que existe em nossas vísceras.O feminismo foi um movimento necessário, mas hoje o que percebemos é que devemos dar mais um passo à frente. Conseguimos muito através desse movimento, mas se continuarmos somente no que conquistamos não conseguiremos a felicidade e o equilíbrio que pretendemos e mais do que isso, merecemos.
...
Há que se começar a pensar em uma nova forma de manifestar nosso feminino, um feminino que nos faça retornar às nossas vísceras, às nossas raízes ancestrais. Enquanto estivermos apenas na intelectualidade, não conseguiremos reaver nosso verdadeiro poder. É claro que são muitas as mulheres que estão manifestando esse poder, no entanto, grande parte ainda está presa em algum lugar que não consegue definir claramente qual é, e não consegue sair. Há uma urgência evidente no trabalho desse despertar, pois somente quando ele acontecer poderemos todos, homens e mulheres, encontrar o equilíbrio que buscamos diariamente."
(Fonte:
http://esoterico.terra.com.br/vidainterior/interna/0,,OI1942012-EI5928,00.html. Acesso em 28/09/2007)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ou isto ou aquilo

E no meio da confusão de todos os dias, sempre alguma escolha tem que ser feita.
E qual será a melhor? Ou isto ou aquilo?
Cecília Meireles consegue desenhar a situação em seu poema.

"Ou se tem chuva e não se tem sol

ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .

e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda

qual é melhor: se é isto ou aquilo."
(Cecília Meireles)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Desabafo de uma mulher independente

Este texto, que desconheço o autor, expressa o que uma mulher independente sente, pelo menos, uma vez na vida! Não que eu queira ser submissa a um "dono da casa", mas não quero ser uma "super mulher" o tempo todo.
"São 7 horas. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou tão acabada, não queria ter que trabalhar hoje.
Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até!
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem.
Espaço? Fazendo alongamento.
Leite condensado? Brigadeiro.
Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos da mulher e por que ela fez isso conosco, que nascemos depois dela.
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, freqüentando saraus. A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária…
Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre “vamos conquistar o nosso espaço”.
QUE ESPAÇO, MINHA FILHA!!?? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos, que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz!
Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim!
E, pior, nos largando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre.
Por que, me digam por que, um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso… Estava na cara que isso não ia dar certo.
Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas.
Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especialidades. Viramos “super-mulheres”, mas continuamos a ganhar menos do que eles…
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?
CHEGA!!! Eu quero alguém que abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela…
Ai, meu Deus, são 7h30, tenho que levantar! E tem mais… que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: “meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?”, pois eu descobri que é muito melhor servir. Ou pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério!
Estou abdicando do meu posto de mulher moderna… Troco pelo de Amélia. Alguém mais se habilita? Antes eu sonhava, agora nem durmo mais…"
(desconheço autor)

Tango

(Artist: Pedro Alvarez)


De repente alguma coisa muda. Parece que o ar fica mais leve. E algo que não era tão interessante passa a ter cor. Sutileza de um olhar.
Roupas novas. Uma saída no meio da tarde para um programa bem feminino: cabeleiro, manicure, etc.
Uma vitrine de um novo mundo. Música, ritmo, dança. Um tango.
E se mesmo quem inspirou tudo isso não ouvir a música, não tem importância.
Agora tudo está melhor. E que venha a próxima música.
(Texto inspirado no comportamento de uma amiga)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Physical


Ainda nem é primavera, mas o calor que está lá fora parece mais é de verão.
E verão lembra piscina, praia, biquini e... gorduras localizadas (sem contar a flacidez e a famosa celulite)!

A mesma história de sempre: a ditadura feminina pela beleza, pelo corpo magérrimo e sarado. E nessa hora você quer fazer tudo para seguir esse padrão. Jura que vai voltar a nadar, caminhar, fazer drenagem, comer mais saladinha...

Vamos ao processo "Adeus Pelanquinha". Quero ver quanto tempo ainda dura essa empolgação.


"Let's get physical, physical
I wanna get physical
Let's get into physical
Let me hear your body talk, your body talk
Let me hear your body talk"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Colegial

Cenário: as 3 muchachas e 1 agregado. Todos sentados à mesa. A TV estava ligada, passando a novela das 6, em uma cena onde um rapaz dividia um milk-shake com uma garota.

- Era tão legal quando os sorvetes eram servidos assim em taças.
- Verdade, parecia mais elegante.
- Quando eu era pequena sempre tomava lá em Ituiutaba. Tinha aquela taça maior de Sundae, Banana Split e aquela outra taça menor...
- Colegial.
- Não, eu tinha uns 7 anos... meu irmão mais velho pedia Banana Split e eu e meu irmão mais novo pedíamos essa taça menor.
- Colegial.
- NÃO, eu era bem mais nova que isso...
RISOS, RISOS, RISOS da parte de duas muchachas.Caras desconcertadas de uma muchacha e do agregado, que olhava sem entender nada.

- Colegial é o nome do sorvete!!! não tem nada a ver com o tempo que você tomava esse sorvete.
- Ah é? É que acho que em Ituiutaba não tinha nada desse nome não.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Vale a pena


Eu recebi esse texto por email há algum tempo, não sei o autor.
Lembrei dele ontem, quando estava passando em uma rua. Uma visão fez meu dia valer a pena: um pequeno ipê-amarelo, plantado em uma esquina, mostrava todas as suas flores e distribuia algumas pela calçada.

"É pieguice, mas, antes de dormir, quando o dia passou, penso: "O que valeu a pena hoje?"
Sempre tem alguma coisa... Uma proposta de trabalho, um telefonema, um filme, um corte de cabelo que deu certo, até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava ermo dentro da gente.
Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: ganhar um aumento, ganhar na loteria,
ganhar um pedido de casamento, ganhar num jogo.
Mas, para quem valoriza apenas as mega vitórias, sobram centenas de outros dias em que,

aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa...
Eles seguem cultivando sua angústia existencial com carinho e uísque, mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado.
Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes.
Uma segunda-feira valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que transportou para uma época legal da minha vida.
Na terça, meu dia não foi em vão porque uma pessoa que amo muito recebeu um diagnóstico de que não tinha uma doença séria.
Na quarta, um aluno de da escola me pediu para tirar uma foto com ele.
Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar.
Na sexta, o dia não partiu inutilmente só por causa de um delicioso cachorro-quente.
E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepúsculo ou um instante especial, que acaba compensando 24 horas banais.
Claro que tem dias que não servem pra nada, dias em que o trabalho não rende e as horas
se arrastam melancólicas, sem falar naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o encontro da noite é desmarcado.
Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá adiante, naquele lugar chamado futuro, onde tudo se justifica.
Por isso, não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar, com entusiasmo, o Dia de Amanhã! "
(autor desconhecido)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Come, meu filho

Depois de enrolar até o último minuto pra ir almoçar, lembrei desse texto da Clarice Lispector.
------
Come, meu filho (Clarice Lispector)
- O mundo parece chato mas eu sei que não é.
- ...
- Sabe por que parece chato? Porque, sempre que a gente olha, o céu está em cima, nunca está embaixo, nunca está de lado. Eu sei que o mundo é redondo porque disseram, mas só ia parecer redondo se a gente olhasse e às vezes o céu estivesse lá embaixo. Eu sei que é redondo, mas para mim é chato, mas Ronaldo só sabe que o mundo é redondo, para ele não aprece chato.
- ...
- Porque eu estive em muitos países e vi que nos Estados Unidos o céu também é em cima, por isso o mundo parecia todo reto para mim. Mas Ronaldo nunca saiu do Brasil e pode pensar que só aqui é que o céu é lá em cima, que nos outros lugares é embaixo ou do lado, e ele pode pensar que o mundo só é chato no Brasil, que nos outros lugares que ele não viu vai redondando. Quando dizem para ele, é só acreditar, pra ele nada precisa parecer. Você prefere prato fundo ou prato chato?
- Chat... raso, quer dizer.
- Eu também. No fundo, parece que cabe mais, mas é só no fundo, porque no raso cabe para os lados e a gente vê logo tudo que tem. Pepino não parece inreal?
- Irreal.
- Por que você acha?
- Se diz assim.
- Não, por que é que você acha que pepino parece inreal? Eu também. A gente olha e vê um pouco do outro lado, é cheio de desenho bem igual, é frio na boca, faz barulho de um pouco de vidro quando se mastiga. Você não acha que pepino parece inventado?
- Parece.
- Onde foi inventado feijão com arroz?
- Aqui.
- Na sorveteria Gatão o sorvete é bom porque tem gosto igual da cor. Para você carne tem gosto de carne?
- Ás vezes.
- Duvido! Só quero ver: da carne pendurada no açougue?
- Não.
- E nem da carne que a gente fala. Não tem gosto de quando você diz que carne tem vitamina.
- Não fale tanto, come.
- Mas você está olhando desse jeito para mim, mas não é para eu comer, é porque você está gostando muito de mim, adivinhei ou errei?
- Adivinhou. Come, Paulinho.
- Você só pensa nisso. Eu falei muito para você não pensar só em comida, mas você vai e não esquece.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Limpeza

Um dia você resolve que vai dar uma limpeza em todas as caixas cheias de badulaque que estão guardadas há vários anos (hum... talvez nem tantos anos assim).

Todas as caixas vão para o chão e você começa a revirar tudo. Tem de tudo um pouco ali. Vários pedaços da sua vida reunidos dentro de algumas caixas.

Não querendo plagear a famosa Nina Lemos, mas usando da mesma idéia, vamos a um breve inventário:

- Revistas antigas, desde Veja até Noivas (???). Lixo.
- Material do colégio técnico e da graduação. (hoje tem tudo na internet). Lixo
- Agendas antigas, daquelas cheias de porcarias mesmo (nossa, essas estavam guardadas há varios anos mesmo). Lixo
- Um cubo mágico desbotado. (no 1,99 tem melhor). Lixo.
- Um par de molduras em madeira. Guardar.
- Um jogo chamado Einstein. (Achei!!!!). Guardar.
- Alguns livros da graduação. Guardar.
- Bichos de pelucia. Doação, com exceção do Garfield e do Taz.
- Um boné da Pantera Cor-de-Rosa. Doação.
- Um jogo de dominó. (acho que esse ainda tem serventia). Guardar.
- Uma mola (daquelas de brinquedo mesmo. Essa é sobrevivente. Reliquia). Guardar.
- Bonecas de Gesso. Doação.
- Disquetes e Cds de dados, cheios de porcarias (sei la porque guardei isso). Lixo.
- Brinquedinhos do Kinder Ovo. Doação.
- Canetas, lapiseiras, borrachas (verificar o que está em bom estado).
- Estojos antigos. Lixo.
- Calculadora científica (achei!!!!). Guardar.
- Um vaquinha de madeira, lembrança de Poços de Caldas. Doação.

E o final da limpeza, você percebe que quem vai sair ganhando muito vai ser o pessoal da Reciclagem, afinal todos os papéis, revistas e etc formam um pilha bem grande.

Sua vida está mais leve, por não ter que pensar mais naquele monte de coisas. Você sabe que várias daquelas coisas foram de um tempo bom, mas que passou. Reciclagem da vida também.

Seu sobrinho também fica feliz com a limpeza, porque ele descobre a tal Vaquinha de Madeira, o boné da Pantera Cor-de Rosa e os bichos de pelucia no monte de Doação. E ele sai todo sorridente com os badulaques.

A faixa

Fazia tempo que não aconteciam essas situações cômicas.

------
Faixa em frente a entrada principal do Campus:

PARABÉNS MAURREN MAGGI!!!

Comentários sobre a faixa:

- o Rodrigo falou que ainda escreveram errado esse nome, eu concordei como se soubesse o nome certo dessa tal empresa.


- o que você falou?

- o nome dessa tal empresa, sei lá como é...

(coro) - NÃO É EMPRESA!!!!! é uma atleta, ganhou medalha no Pan.

- ah, sei la, não me ligo em nome de empresas e pessoas.

;P

------

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Dia

O relógio toca e sua mão vai lentamente para desligá-lo. Você senta na cama e sente que sua cabeça dói... e não há motivo aparente para isso, afinal você foi dormir cedo e só acordou com o tal relógio tocando.
Segue a rotina do dia. Quando você vê já são 11 da manhã e nada andou...
Lá fora balões coloridos voam no céu azul e você dentro de uma sala fria, com as cortinas fechadas para esconder o Sol.
O que será que acabaria com esse estado letárgico?
Aí aparece uma frase em um email:
"Todos os dias deveríamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas." (Goethe)
acho que não fiz nada disso ainda hoje...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Deutsch


E a aula de alemão começou.
A língua trava para falar as primeiras palavras. hum... como é mesmo a pronúncia?
Wie geht's?
To vendo que vou ter trabalho... mas vai ser legal. Quem sabe um dia eu vou pra Berlim e treino por lá.
Por enquanto só sei cumprimentar, me apresentar, perguntar se está tudo bem e responder essa pergunta... ;)
bom, tudo tem que ter um começo.


sexta-feira, 27 de julho de 2007

Ao mundo

E de repente você está em um lugar que não parece o Brasil. Todos falam em inglês. Algumas conversas em francês, japonês, inglês norte-americano e alemão. É... isso é um congresso internacional. E você se sente bem no meio do olho do furacão. Isso é no Brasil, mas o clima é diferente.
Na segunda-feira, primeiro dia do congresso, tudo parece estranho. Na quarta-feira você já está mais acostumada e sorri com maior confiança ao cumprimentar os outros congressistas. Mas na sexta-feira sua cabeça já não funciona mais... estafa mental. Outra brasileira diz para um colega: "cansei... agora vc vai traduzindo pra mim, porque não consigo pensar mais." Ufa, ainda bem que não sou só eu. Fim do congresso, em uma churrascaria tipicamente brasileira, num dia de sol, com um calorzinho bom. Ah, estou no Brasil mesmo.
O balanço geral é positivo: bons contatos com um pessoal de fora do país, uma publicação internacional realizada e possibilidade de uma passagem para Belfast no próximo ano.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Mau humor na sexta-feira


Sexta-feira, quinto dia útil do mês. Você acorda contente porque o final de semana está próximo.
Então você lembra que hoje é dia de receber o seu dinheiro para pagar suas contas do mês. Apesar do valor da bolsa ser quase uma piada (2,47 salarios minimos para você se matar de trabalhar no mestrado), dá pra pagar tudo certinho em dia.
Então você vai trabalhar, ainda feliz, liga o computador, entre no site do banco e acessa sua conta.

OH.... qual não poderia ser a maior surpresa... sua bolsa não caiu. MARAVILHA! e tudo muda de cor nesse dia.
Você lembra que as contas estão pra vencer... luz, condominio, dentista... fora que você tem que abastecer o carro, pagar pedagio... ai que horror.

Acabou o bom humor. O dinheiro está em algum lugar que não é sua conta.
E o final de semana ainda está próximo, mas a diferença é que você não tem o dinheiro para fazer nada.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Lixo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.

- No seu lixo ou no meu?
(O analista de Bagé - Luis Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Amigos


Fiquei com vontade de dedicar aos amigos várias coisas dessa semana que passou.
Estava com tanta vontade de "rever" vários amigos que até abri de novo a conta naquele "porcaria" do orkut.. rsrsrsrs. E até
ganhei um depoimento maravilhoso de uma amiga muito querida!!!!!!!

Tive notícias (não tão boas) de um amigo, que adoro muito e que mora muito longe. Pelo menos isso fez a gente ter contato novamente.

Vou ter a companhia de outra super amiga no fds aqui em Sanca.

Então dedico essa postagem aos meus amigos, de longe ou de perto!

E particularmente às amigas: Lu, Raq, Si, Aninha e as muchachas Lie e Carol!!!!


terça-feira, 19 de junho de 2007

Festa de Casamento

E toda festa de casamento começa do mesmo jeito: comportada, com música clássicas de um baile e toda finesse. Aqui vai uma ressalva: toda festa com exceção de algumas, do tipo da família "de Araujo".
Alguém ja viu uma festa começar com clips de flashback anos 80?

"I wanna know
What you're thinking
There are some things you can't hide
I wanna know
What you're feeling
Tell me what's on you mind."

E depois segue para o Pearl Jam.
Tudo isso misturado com cerveja, queijo, vinho, tekamaki e uísque.

"Não quero te chamar de minha prima, porque nessas horas é só minha amiga"
"O que eu vou fazer sem vocês lá em Santarém?"

Mais vinho. O garçom diz que acabou o vinho, então vai uísque mesmo, tipo caubói, no copo de vinho.
O noivo dança de peruca blackpower e óculos de plástico colorido.
Meu pai pede "Creedence, creedence, creedence" até mesmo depois da banda ter parado de tocar.
O namorado tenta levantar para irmos embora, mas a linha reta é uma coisa quase impossível.

"eu entendo o que você tá falando, mas eu não consigo falar"
"esse paletó é meu mesmo???"
"é, é seu, ta certo"
"fica acordado até a gente chegar em casa"
"eu to bemmmmmmmmmmm"

Depois disso, dormir, quer dizer, quase desmaiar.
E no domingo a unica coisa que resta: Ressaca.
Mas um casamento "de Araujo" é sempre dos melhores.

terça-feira, 12 de junho de 2007

12 de junho


E para não deixar passar em branco o lado "brega" do amor (porque todo amor tem seu "quê" de brega) neste dia, nada melhor do que uma letra de música. Ainda que não estou colocando aqui um soneto do Vinicius de Moraes.

Mas é bom amar alguém e ser amado. Mesmo que tudo isso seja cafona, brega... eu escolho isso para mim. Je t'aime!


Secret

Things haven't been the same
Since you came into my life
You found a way to touch my soul
And I'm never ever ever gonna let it go
Happiness lies in your own hand
It took me much too long to understand
How it could be
Until you shared your secret with me
Something's comin' over
Mmm-mmm, something's comin' over
Mmm-mmm, something's comin' over me
My baby's got a secret
You gave me back the paradise
That I thought I lost for good
You helped me find the reasons why
It took me by surprise that you understood
You knew all along
What I never wanted to say
Until I learned to love myself
I was never ever lovin' anybody else
Happiness lies in your own hand
It took me much too long to understand
How it could be
Until you shared your secret with me
My baby's got a secret
My baby's got a secret for me
(madonna)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Nádegas Redolentes

Ela era irresistível quando acordava. Tinha até um cheiro diferente, que desaparecia no resto do dia. Um cheiro morno. Cheiro de leite morno, era isso.
Com um inexplicável toque de baunilha. Mas ela acordava de mau humor.
Quente, cheirosa, apetitosa e emburrada. Nem deixava ele beijá-la na boca.
"Eu ainda não escovei os dentes!" E se ele tentasse beijar o seu umbigo (nozmoscada, possivelmente canela), ela lhe dava um chute.
Não eram só os cheiros. Ela acordava fisicamente diferente. A cara maravilhosamente inchada, a boca intumescida, como a de certas meninas do Renoir. No resto do dia ia alongando-se, modiglianizando-se, mas de manhã era uma camponesa compacta, com fantásticas olheiras roxas. Ele não sabia explicar. Ela era uma mulher delgada, de pernas compridas, mas de manhã tinha
as pernas grossas. E ou ele muito se enganava ou até a bunda ela perdia, de dia. A bunda. As nádegas redolentes. "Mmmmm... Ervas aromáticas. Um quê de sândalo..."
— Pá-ra.
De noite, ela insistia e o emburrado era ele. Ela tomava banho, botava uma camisola transparente e deitava ao lado dele, toda certinha, penteado perfeito. Ele não podia dizer que gostava mesmo era quando ela acordava com a camisola toda torta, com uma alça enroscada nas pernas, nas doces pernocas matinais. Ele ficava lendo, ela ficava esperando. Cheirando a sabonete e esperando. Tentava começar uma brincadeira, cutucando-o com o pé.
Cantarolava no seu ouvido — "Ele já não gosta mais de mim, que pena, que pena..." Ele continuava lendo até que ela desistisse e dormisse. Ele não queria nada com aquela pessoa que virava as pestanas antes de ir para a cama. Queria era a camponesa da manha. Sonhava com a sua camponesa irritada.
A tese dela era que, antes de escovar os dentes e tomar café, uma pessoa não é uma pessoa, é uma coisa. Pode evoluir para uma pessoa se fizer um esforço, mas é um processo lento e difícil que requer concentração, e exclui qualquer forma de digressão, ainda mais sexual. Comparava o sono a um acidente ao qual a gente sobrevive, mas leva meio dia para se recuperar.
E o desejo dele de possuí-la antes de escovar os dentes a uma tara indefensável, quase a uma forma de necrofilia.
"Sai, sai!" E levantava-se, tentando encontrar as pontas da camisola, puxando uma alça do meio das pernas com fúria.
Quando chegava à porta do banheiro, já era uma mulher comprida. E ele ficava cheirando o travesseiro ainda quente. Mmmm. Baunilha, decididamente baunilha.
Uma noite, ela disse:
— Eu acho que você tem outra. Acho que você está pensando nela neste momento. Fingindo que lê e pensando nela. Diz que não!
Ele não disse que não. Estava pensando nela, de manhã. A sua outra, a sua inatingível outra, a das pernocas, a da baunilha. Mas ela não precisava se preocupar, pensou. Nunca seria enganada. A outra não queria nada com ele.
— Apaga a luz, apaga.
Ele suspirou, fechou o livro, apagou a luz. Enquanto faziam amor, ele tentava imaginar que ela era a outra. Mas o cheiro de sabonete atrapalhava.
(Sexo na Cabeça - Luís Fernado Veríssimo)

Comentário

Agora resolvi que vou colocar aqui no blog alguns textos interessantes (e geralmente cômicos) que recebo, como esse aí da Tortura.
Mas ainda vou continuar colocando as situações inusitadas que acontecem nesse vida de Pós-Graduanda.
Ah... e por falar nisso vale alguns comentários interessantes que ouvi "por aí" (leia-se "entre amigas"):
- eu achava que a cigarra cantava até estourar.
- descobri que a uva-passa é uma uva. Antes eu achava que ela era prima da ameixa.
- pode deixar, vamos te dar uma batedeira de presente de defesa!

(comentários feitos após um pouco de vinho em uma pizzaria)

P.S.: apesar de minimizar o frio, o vinho causa uma sessão de besteirol agudo.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Tortura

Esse texto vale a pena para todas as mulheres. Recebi por email. Segue:
"Tenta sim. Vai ficar lindo.
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca.Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem,só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo."Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:- Tudo bem, Pê?- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? O que seria baixar a calcinha? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.
Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada."

(des)organização

Hoje é sexta... vamos ver o que tenho para fazer. Tento fazer uma lista. Mas minhas idéias andam teimando em me desobedecer. Cada vez que tento colocá-las em ordem, elas teimam em se misturar de novo. Aí fica mais ou menos assim:
- tenho que arrumar a bolsa para ir para RC no fds.
- putz, não terminei de corrigir o texto que tenho que mandar.
- ah, aquele outro congresso que apareceu... será que é importante?
- ih, esqueci de responder aquele email... depois eu faço isso.
- hum, qual será mesmo o horário da sessão daquele filme?
- ai caramba, preciso terminar a análise daquelas figuras.
- to cansada...

E o dia acaba.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Três pares de pés no fds


sexta - amor junto, estrada, cidade pacata, frio, edredon.

sábado - amor longe, muito frio, casa, vinho, chocolate, três pares de pés na sala, seriado viciante.

domingo - saudade do amor, chuva, muito frio, tv... zzzzzzzzz.
(foto by Carol)

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Diálogo de madrugada

(lie e camila) você nao vai fazer isso, né?
(carol) mudam as amigas e as perguntas continuam as mesmas.
...

(camila) eu não sabia que o Souza dava aula no Ginástico em Rio Claro também.
(carol) mas ele não dá aula de ginástica... é de dança de salão.
(camila) não é ginástica... é Ginástico.
(carol) ahhhhhhhhhhhhhh bom.
(lie) essa merece ir para o blog, hahahaha.
(camila) pode deixar que vou postar essa.

(diálogo pós-cancun, em casa, as 1:30 da madrugada, em uma noite com menos de 10º de temperatura)

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Dia cheio


Dia cheio de trabalho, de chuva, de frio.
Prefiro o Sol, um girassol e os finais de semana.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Segunda

Segunda-feira...

Acho que a segunda-feira é o dia que mais espera pela sexta.
Tudo a ser feito ainda.
Greve dos funcionários. Greve da minha cabeça.

Cafeína... talvez isso resolva alguma coisa.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Las Muchachas

E para quem não conhece minhas amigas, sofredoras da pós também, essa é uma oportunidade.
Nós dividimos casa, boas risadas e alguns problemas comuns, como a tal "qualificação" e "defesa".

http://lasmuchachas11.brasilflog.com.br/

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Blog criado

Acabei de criar o bendito do blog.
Já fazia um tempo que estava "namorando" isso. Estava na minha lista "To do". Agora só preciso de um tempo aqui pra ver como é que funciona.
Mais um item para minha lista:
  • "Ver como funciona o blog e configurar".

Um dia chega a vez dessa tarefa. ;)